Uma Palavra de Advertência | 1ª João 2.15-17

 

Nos versículos anteriores, vimos o apóstolo João encorajando os cristãos, lembrando-os de que conhecem a Deus e já venceram o maligno. Agora, ele traz uma advertência essencial: os crentes não devem amar o mundo, um chamado à prudência e à santidade, pois o amor ao mundo é incompatível com o amor ao Pai.

 

João exorta os irmãos do primeiro século e, por meio do Espírito Santo, essa mesma advertência chega até nós hoje. Como cristãos, somos chamados a lembrar das bênçãos recebidas na cruz e a nos distanciar da mentalidade mundana e pecaminosa.

 

Clique abaixo para assistir ao sermão completo:

 

 

O Que Significa “Não Amar o Mundo”?

Quando João diz “não ameis o mundo,” ele não se refere à criação de Deus ou à humanidade. No Novo Testamento, “mundo” pode ter três significados:

 

  1. O mundo físico – a criação que Deus fez (Atos 17:24);
  2. A humanidade – as pessoas que Deus ama (João 3:16);
  3. O sistema caído – o conjunto de valores e ideologias opostos a Deus (1 João 2:15);

 

É sobre esse terceiro sentido que João fala: o sistema de valores corrompido e rebelde, que se opõe à santidade de Deus. Quando João diz “parem de amar o mundo,” ele exorta a igreja a deixar de lado qualquer inclinação ao mundanismo e ao pecado que leva à separação de Deus.

 

“Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15b).

 

O amor ao mundo sufoca o amor de Deus, como bem disse Matthew Henry: “O amor ao mundo sufoca o amor do Pai; portanto, quanto mais ele prevalece, mais o amor de Deus definha e decai.”

 

As Armadilhas do Mundo: Concupiscência e Soberba

 

João destaca três armadilhas que conduzem o homem ao pecado e ao afastamento de Deus:

 

  1. A concupiscência da carne: Desejos ardentes e desenfreados que brotam do coração, como impulsos carnais e prazeres sensuais que nos afastam de uma vida de pureza. Exemplo disso é a glutonaria, a bebedice e a imoralidade sexual.
  2. A concupiscência dos olhos: Desejos alimentados pelo que vemos, que nos levam a cobiçar o que é proibido. A Bíblia nos alerta sobre figuras que caíram nessa armadilha: Ló, Siquém, a mulher de Potifar e Davi são exemplos de como o desejo dos olhos pode nos levar a caminhos perigosos.
  3. A soberba da vida: A ostentação e o orgulho em relação a status, riqueza e aparências. Pessoas soberbas buscam exaltar-se e ofuscar os outros, mostrando-se acima deles. Exemplo disso são Nabucodonosor, Assuero e os fariseus, que amavam a exaltação.

 

Essas atitudes não procedem de Deus, mas do mundo. O cristão é chamado a fugir dessas armadilhas e a viver em obediência e humildade diante de Deus.

 

Um Mundo em Passagem e a Eternidade com Deus

 

“Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1 João 2:17).

 

O mundo é passageiro; seus prazeres e encantos não durarão. O cristão maduro entende que é estrangeiro e peregrino na Terra, que sua pátria verdadeira está no céu. Aqueles que buscam fazer a vontade de Deus e se esforçam em viver segundo Sua Palavra receberão a promessa de vida eterna.

 

Escolha o Amor de Deus

 

Diante de nós estão dois caminhos: amar o mundo, que leva ao julgamento, ou amar a Deus e viver em obediência. Somos chamados a escolher o caminho da obediência, renovando nossas mentes pela Palavra de Deus e enchendo nosso coração com o amor a Cristo.

 

Que possamos, dia após dia, buscar a transformação em Cristo, fugir do mundanismo e viver uma vida voltada para a glória de Deus, sem espaço para o amor ao mundo.

 

“Vamos orar para que Deus nos dê força para resistir ao mundo e cultivar um amor genuíno por Ele.”

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